quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

AIDS ainda não tem cura, a melhor forma de tratamento é a prevenção!



















Contrariamente ao que muitos imaginavam, que a infecção pelo HIV havia estabilizado, a OMS divulgou no último 29 de Novembro de 2009, resultados assustadores do crescimento da população em tratamento com os anti retrovirais, responsáveis pela sobrevida da pessoa infectada com o vírus da Sindrome da Imuno Deficiência Adquirida. Segundo a ONU, até o final de 2008, quatro milhões de pessoas estavam sob uso dos medicamentos, com aumento de 38% em relação a 2007. Por mais que a ONU(inicio de 2000) tenha aumentado os alertas sobre o aumento dos casos, o vírus avança silenciosamente.
O dia 1º de Dezembro passou murchinho....sem grandes manifestações, tanto de solidariedade quanto de combate ao vírus de uma epidemia que ainda não tem cura. Com saudades relembrei das memoráveis campanhas de prevenção e solidariedade desenvolvidas por nossa equipe num pequena agência na Vila Nova em Goiânia há dez anos atrás. Bons tempos aqueles, que culminou na implantação de um programa de sucesso que acabou se tornando referência como modelo ideal no combate ao HIV. O programa implementado pelo Brasil, passa principalmente pela questão da distribuição dos remédios, o chamado coquetel. Atualmente a grande preocupação dos pacientes e ativistas é a sustentabilidade do programa, pois o programa custa aos cofres do governo em torno de 1 bilhão anualmente, especialmente na compra de medicamentos.
Os avanços conseguidos com o anti retroviral não significam que a doença tenha cura. O que existe é um tratamento eficaz que vem prolongando a vida de quem vive com o vírus. Não existe mais grupo de risco, a Aids não é privilégio de ninguém, está presente em todos os grupos e classes sociais. Existem estudos avançados em torno de uma vacina, mas a saída ainda é a prevenção. A regra é: toda pessoa ativa sexualmente deve fazer o exame de 6 em 6 meses. Lembrem se que o vírus demora a se manifestar. Existem milhões de brasileiros que carregam o vírus sem saber, pois não se consideram grupo de risco.
No Brasil temos um bom programa que garante tratamento para todos. O paciente com suspeita de HIV positivo pode realizar o teste em um dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) não apenas para fazer o exame da Aids como para outras DST’s também. Se o diagnóstico for positivo, o paciente é encaminhado para o Serviço de Assistência Especializada em HIV/Aids, o SAE, onde receberá o atendimento adequado.
Se temos um bom programa, porque não voltar a fazer campanhas educativas de prevenção e solidariedade? O número de casos entre as mulheres casadas ativas sexualmente vem aumentando vertiginosamente. Precisamos com urgência de campanhas que mostrem essa realidade. O amor não imuniza, garantem muitas mulheres que se infectaram com seus maridos. Ai fica o alerta!

Um comentário:

Gláucia disse...

E o pior é que nós as casadas achamos que estamos livres de muita coisa. No meu caso, descobri a doença depois que meu marido faleceu. Estou passando os piores momentos de minha vida. O pior é enfrentar a língua de vizinhos, parentes e amigos. Estou tentando ter forças pra enfrentar tudo. Gostei muito do blog, é realista e tem receitas especiais.