sábado, 23 de agosto de 2008

....Saindo da reserva!














Assim como a obra machadiana, o vinho nacional passou por fases distintas. A primeira fase, é marcada pela implantação da vitivinicultura no sul do país por obra dos imigrantes europeus, vivíamos a fase romantica que marcou a primeira geração dos vinhos de castas americanas de difícil evolução; na segunda fase, dos anos 30 aos 60, poderíamos classificá-la como realista, produtores começaram a diversificar o produto e empreenderam uma massiva migração dos vinhedos para as Vitis Viníferas. Essa geração se estendeu até os anos 90 . A terceira fase ocorreu dos anos 70 aos 90 onde o compromisso dos produtores era com a qualidade, que marcaram a terceira geração onde as variedades francesas, como Cabernet Franc, Merlot e Chardonnay ganharam espaço em detrimento de outras. É a época dos vinhos varietais estabelecendo um novo referencial de qualidade para os vinhos brasileiros.
O Vale dos Vinhedos é nossa primeira indicação geográfica, que ajudará a incorporar os elementos mais complexos envolvidos no conceito das denominações de origem.
Novas regiões surgiram como a região da Campanha ( RS), Serra do Sudoeste (RS), São Joaquim (SC), Urussanga(SC), Pinto Bandeira(RS), Nova Pádua (RS), potenciais para futuras indicações geográficas já em curso que colocam o Brasil como produtor de vinhos de qualidade em regiões determinadas a exemplo da vitivinicultura européia.
Vivemos um momento de definições e a "via crucis" para definir todas as regiões de denominação e origem controlada, comprovando que é sim produtor confiável capaz de fabricar bons vinhos, em terroirs peculiares comparáveis a argentinos e chilenos. A quarta geração extrapola o binômio Machadiano, e de 2000 em diante iniciamos um novo ciclo: Vinhos de qualidade em regiões determinadas. Fiquem de olho nas regiões da Campanha, onde o mais badalado enólogo da atualidade, o francês Michel Rolland, vem produzindo em parceria com a Miolo vinhos vinhos de qualidade e tamanha é a sua influência que os vinhos já lançados por ele já foram exportados para França, Itália, EUA, República Tcheca. Rolland não é nehuma unaminidade entre produtores, enólogos e amantes do vinho, mas com certeza está produzindo no Brasil vinhos que poderão indicar que espécie de uva traduza melhor nosso terroir. O Quinta do Seival, castas Portuguesas, produzido na Candiota- RS é aposta de peso da vinícola.
O nosso terroir já se mostrou bastante favorável na fabricação de espumantes e somos o segundo lugar entre as espumantes no ranking de distinções em três dos maiores concursos do mundo.
Se existe preconceito contra o vinho nacional, que nos últimos cinco anos deu um salto qualitativo na fabricação de vinhos finos, é por falta de conhecimento do consumidor das reais capacidades que nossas vinícolas vem alcançando e certamente mudarão as atuais estatísticas do consumo do vinho nacional e internacional.
Nosso intuito principal com o projeto Rota dos Vinhos do Sul é proporcionar ao internauta a chance de conhecer mais dos nossos vinhos e acompanhar a espetacular evolução do produto nacional, que em breve figurará entre os grandes vinhos do novo mundo.
Fonte : Tonieto e Mello, 2001/











Poda de videira em Bento Gonçalves-RS, e brinde com espumante nacional em Farroupilha-RS.